quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Alternativas para driblar o estresse

Fugir do estresse que a rotina do dia a dia traz não é fácil. Aliás, é difícil escolher alguma atividade que possa ser chamada de "revitalizante" com o pouco tempo disponível livre. Mesmo assim, a tentativa de trazer um pouco de qualidade de vida  torna-se cada vez mais um  hábito da sociedade e pessoas comuns buscam atividades que lhe sirvam de "válvula de escape".

Para quem mexe com o computador grande parte do dia, como é o caso do projetista de produtos Alexandre Szykman, o jeito foi arranjar alguma atividade online mesmo. "Eu leio o blog "Não Intendo" de 5 a 10 minutos, todos os dias."

O tempo pode não ser grande - levando em consideração o restante do dia gasto em outras atividades rotineiras - mas são esses minutinhos reservados que fazem com que o bom humor do jovem não seja afetado. "Me desestressa porque eu me identifico com o autor. Acho que ele tem uns dois ou três miolos a menos, como eu", brinca.

A analista de marketing Adriana Cristine Alves passou por atividades um tanto comuns para quem procura relaxar. Fez aulas de yoga, natação e até a tradicional musculação, mas, o que a ajudou mesmo foi quando decidiu radicalizar e iniciar com aulas de circo, duas vezes por semana, depois do expediente de trabalho. A transformação do corpo e alma foi inevitável.
"Eu descobri as aulas de circo acidentalmente. Há dois anos estava procurando por aulas de malabares, em diversos locais, como um lazer, e acabei encontrando a Academia Brasileira de Circo, oferecendo uma grande variedade de atividades. Como resultado, descobri que não tenho talento para atividades que exijam muita coordenação motora", confessa. "Em compensação, descobri que as aulas de circo podem funcionar como uma atividade física alternativa", completa.
Adriana conta que nunca foi muito fã das aulas de musculação, outro motivo para procurar exercícios alternativos. "Sempre tentei fazer academia tradicional, mas nunca consegui passar dos dois meses de aula. Os movimentos repetitivos são muito entediantes. O circo é uma atividade física bastante completa que, além de trabalhar resistência física, postura e a musculatura do corpo todo, como todas as atividades físicas, me dá muito mais disposição para o dia a dia e funciona como uma válvula de escape: relaxa, reduz o estresse e me faz esquecer da tensão do dia a dia. Você passa a olhar para você mesma, para o seu potencial, para o controle e domínio do seu próprio corpo. É uma excelente oportunidade de auto-conhecimento e desenvolvimento pessoal."
Diferentemente de Adriana, o professor de inglês Guilherme Fuoco encontrou na musculação o seu jeito de fugir de tudo que o incomoda da rotina. "Para relaxar, faço musculação pelo menos três vezes por semana. Além de me deixar mais tranquilo, me deixa com a auto-estima lá em cima", conta. Claro que os motivos não foram só eliminar estresse, mas acabou compensando, e muito, nessa área. "Decidi começar porque estava um pouco fora do peso e sem empolgação. Como faço às 6 horas da manhã, a musculação me deixa com o corpo bacana e também me deixa disposto a encarar a rotina."

Se você ainda não arranjou o que fazer para relaxar, veja algumas dicas simples que você pode fazer em qualquer lugar e qualquer horário.
Ouvir sua música favorita já é um bom começo. Você pode até cantarolar junto com a banda, em voz alta. Tudo é permitido. Enquanto isso, a dica é realizar movimentos circulares com os ombro e com a cabeça. O ideal é repetir o exercício cinco vezes. Depois, inclinar o pescoço, como se fosse encostar a orelha no ombro. E pode até utilizar as mãos para dar um empurrãozinho. Cinco repetições de 10 segundos já são suficientes. Os punhos e tornozelos também podem participar dessa onda de atividades. O ideal é esticá-los para cima e para baixo, alternadamente, e também manter a posição durante 10 segundos.
Para o corpo, você pode girá-lo de um lado para o outro. Esses pequenos cuidados farão grande diferença no futuro para a saúde do seu corpo e eles tomarão somente aquele tempo ocioso em que você perderá com o carro parado no meio do trânsito, por exemplo, ou durante o horário de almoço. Pense nisso.
Por: Tissiane Vicentin 


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Endometriose: doença que atinge mulheres que tentam engravidar depois dos 30

Uma em cada dez brasileiras sofre de cólicas fortíssimas e tem dificuldade para engravidar. Mais da metade delas não sabe, mas sofre de endometriose, o mal do século entre as mulheres que optaram por ter filhos depois dos 30. A boa notícia é que, com diagnóstico precoce e o tratamento correto, é possível superar a doença.



Foram décadas de luta para as mulheres terem o direito de retardar a maternidade, investir na carreira e escolher com quem, como (e se) querem casar. Demorou, mas a sociedade parece ter entendido – só que a natureza não. Nada menos que 6 milhões de brasileiras têm endometriose, a chamada “doença da mulher moderna”, pois acomete principalmente mulheres por volta dos 30 anos, que ainda não têm filhos, trabalham muito e vivem em grandes centros urbanos. O mais assustador é que ela é, hoje, a principal causa da infertilidade feminina. 

Todos os meses, por influência dos hormônios do ciclo menstrual, o endométrio (a camada interna do útero) fica mais vascularizado e aumenta de tamanho para esperar uma possível gravidez. Se ela não acontece, o endométrio descama e é eliminado em forma de menstruação. A enfermidade acontece quando algumas células do endométrio, em vez de ser eliminadas, sobem pelas trompas e se alojam em órgãos da cavidade abdominal.

Com o tempo, os locais onde as células “grudaram” inflamam e viram nódulos, que causam dor. Em geral, eles aderem aos ovários, mas podem atingir também o útero por fora, as trompas, o intestino, a bexiga e, em casos graves, os rins e até o pulmão.

Os principais sintomas são cólicas fortes e incapacitantes, desconforto intestinal e dor durante o sexo.  A doença interfere na fertilidade porque pode impedir a mobilidade das trompas, responsáveis pelo transporte do óvulo ao útero. Se não for tratada, a mulher pode perder os ovários, as trompas, o útero e partes da bexiga e do intestino. Se chegar ao pulmão e aos rins, o risco de morte é enorme.

Uma das principais causas da endometriose é que, hoje, as mulheres engravidam mais tarde e têm menos filhos, portanto, menstruam mais – cerca de 400 vezes contra 40 no início do século 20. Assim, há mais endométrio preenchendo a cavidade abdominal. Estudos recentes apontam para alterações no sistema imunológico, o que também explica a maior incidência em relação a duas gerações atrás.

O estresse também é um elemento importante no desenvolvimento da doença, já que promove picos de adrenalina, substância associada à liberação de estrógeno, hormônio feminino que alimenta as células do endométrio fazendo com que cresçam mais rapidamente. Por tudo isso, é uma doença bem mais comum em cidades grandes.

Apesar de atingir mais de 170 milhões de mulheres no mundo, a endometriose é desconhecida por mais de metade das brasileiras. Uma pesquisa feita no ano passado pela SBE (Sociedade Brasileira de Endometriose) mostrou que 53% delas nunca ouviram falar na doença. A falta de informação sobre o problema e seus sintomas turbina a curva ascendente do número de casos, mas a culpa pela demora do diagnóstico não é só das mulheres.

Para a especialista em TI Fabiana Cayres Rodrigues, de 33 anos, o diagnóstico demorou mais de dez anos. Desde os 20 ela sofria com cólicas tão fortes que a fazia desmaiar e ir parar no pronto-socorro, mas só aos 31 soube o motivo. Quando descobriu a endometriose, Fabiana foi do céu ao inferno em instantes. Até ali, vivia uma história digna de conto de fadas. Depois de se apaixonar pelo futuro marido em 2011, foi pedida em casamento no topo do Terraço Itália, um dos prédios mais altos de São Paulo, com direito a noivo de joelhos. Disseram o “sim” diante de 120 convidados na tradicional Igreja Nossa Senhora do Brasil e passaram uma lua de mel de um mês em Paris.

O capítulo seguinte do romance já estava planejado: teriam logo o primeiro filho. Aí veio a bomba: as dores incapacitantes eram resultado de uma endometriose profunda, instalada no intestino, na bexiga, no apêndice, nos ureteres (quase chegando aos rins), nos dois ovários e atrás do útero. “Meu caso já estava tão grave que nem se considerou um tratamento, tive que ir direto para a cirurgia”, afirma.

Na maioria dos casos, a endometriose pode ser operada por laparoscopia, uma cirurgia pouco invasiva que permite o acesso ao interior da pelve por meio de uma microcâmera. Em casos mais graves como o de Fabiana, no entanto, é necessária uma cirurgia de grande porte. 

Até conseguir engravidar, Fabiana fez quatro fertilizações, uma inseminação, e enfrentou dois abortos. Mas a alegria estava próxima: na fertilização seguinte, dois embriões se desenvolveram. “Ao contrário de muitas mulheres na mesma situação que eu, me mantive otimista: nunca considerei que não pudesse ter meu filho”,  diz.  “Enfrentei períodos muito difíceis, mas sempre pensei: vou dar um jeito e conseguir ter meu bebê. E agora são dois, a Mariana e o Gabriel. Ouvir o coraçãozinho deles no ultrassom foi, sem dúvida, o dia mais feliz de toda a minha vida.”

O medo de não conseguir ser mãe também assombra a atriz Fernanda Machado, que no ano passado tornou pública sua luta contra a endometriose. Ela detectou a doença em 2012, depois que as cólicas ficaram tão fortes que acordava no meio da noite, sem conseguir respirar. “A primeira coisa que me veio à cabeça quando recebi o diagnóstico foi: ‘Será que vou poder ser mãe?’ .Essa doença é muito assustadora para a mulher”, diz.

Como estava gravando a novela "Amor à Vida", Fernanda tentou um tratamento alternativo. “Coloquei um implante de progesterona, o hormônio da gravidez, assim enganava meu corpo e não menstruava. Como ainda não existe cura definitiva para a endometriose – a cirurgia elimina os nódulos, mas não previne que novos cresçam, o maior recurso para impedir seu crescimento é a interrupção do fluxo menstrual.

O implante foi muito eficaz para as cólicas, que, segundo Fernanda, melhoraram 90%. Mas os nódulos continuaram a crescer, fazendo com que ela perdesse o medo e encarasse a cirurgia, mesmo com a novela ainda no ar.  Logo depois da laparoscopia, colocou outro implante de progesterona. “Há um mês o retirei e vou tentar engravidar, estou confiante”, diz ela, que se casou com o empresário americano Robert Riskin no início do ano passado.


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Aproveite o verão para melhorar a sua alimentação


O verão está aí e todo mundo fica preocupado em iniciar (ou manter) uma alimentação mais balanceada, saudável e até refrescante. A ideia é exibir além da boa forma muita saúde.
Acredite: comer bem é fácil e o resultado pode ser notado por todos à sua volta. Confira informações importantes e dicas para melhorar a qualidade dos alimentos e das bebidas que ingerimos durante essa época.
- Descubra uma atividade física agradável para perder calorias;
- Estabeleça uma rotina na alimentação;
- Não esqueça de manter-se hidratado (deve ser ingerido cerca e 2 litros por dia), além do bom funcionamento intestinal;
- Tenha horários regulares e não esqueça de fracionar as refeições em porções menores;
- Abuse das saladas (folhas, frutas e legumes);
- Prefira assados, grelhados e cozidos ao invés de frituras e empanados;
- Evite doces e guloseimas e prepare os sanduíches sem maionese, molhos cremosos ou queijos gordurosos;
- Substitua o sorvete cremoso por picolé de frutas e abuse das frutas, que são uma boa opção durante o intervalo das refeições principais;
- Dê preferência ao óleo de girassol ou de canola e, para o tempero de saladas, utilize azeite de oliva extra virgem;

Hidratação

Com a chegada do verão e o aumento da temperatura, nosso corpo perde mais líquido – por meio do suor – e nossa necessidade de repor água, vitaminas e sais é maior. Principalmente nessa época do ano, devemos aumentar a ingestão de líquidos, evitando tomar água apenas quando estivermos com sede. A sede já é um sinal de que o nosso corpo está desidratado e, possivelmente, com o funcionamento das células e dos órgãos prejudicado.
Alguns alimentos precisam aparecer em maiores quantidades e frequência no verão – como frutas, legumes e verduras, pois são ótimas fontes de vitaminas, minerais e fibras alimentares. Frutas, assim como verduras, possuem maior quantidade de água, são mais refrescantes e fáceis de ser digeridas.
Além de água, também podemos tomar chás e sucos. Vale lembrar que os sucos são ótimas fontes de vitaminas e minerais, porém alguns são altamente calóricos. Então, o ideal é não acrescentar açúcar. Em relação aos chás, prefira os claros (de ervas), que são mais hidratantes.

Saladas

Aumente o consumo de saladas cruas – ótimas fontes de vitaminas e fibras – e evite acrescentar produtos como maionese, queijos cremosos e molhos industrializados, devido ao alto valor calórico e à quantidade de gordura que apresentam. O ideal é que estes molhos sejam substituídos por limão, azeite de oliva extra virgem e ervas, como manjericão, hortelã e alecrim.

Comida de praia

O melhor é evitar o consumo de alimentos vendidos por ambulantes. Eles geralmente apresentam condições higiênico-sanitárias inadequadas e estão em má conservação, levando à contaminação por bactérias.

Alimentos como pastel, outros salgados e frituras apresentam em sua composição gordura, sal e carboidratos refinados que são prejudiciais à saúde. O ideal é levar de casa frutas de fácil manuseio e pouca manipulação, como banana, pêra, pêssego, ameixa e maçã (em utensílios que mantenham uma temperatura adequada). Biscoitos de polvilho também são uma boa opção e água é fundamental. Se preferir comprar algo na praia, escolha o coco verde. Ele ainda é "a melhor pedida".