Veja como deve ser a alimentação nessa fase
importante
Após passar pela gestação, a
mulher se vê em uma nova fase. O bebê já está em casa e pede uma atenção
especial. A mãe precisa alimentar o filho e isso requer necessidades e cuidados
especiais com a alimentação dela. A ansiedade maior é em relação ao peso. As
novas mamães têm a primeira pergunta na ponta da língua: "Quanto tempo vou
demorar a voltar ao peso normal, que tinha antes da gravidez?" A
alimentação da lactante deve prover nutrientes e energia (calorias) suficientes
para a produção do leite materno e para promover a saúde da mulher.
Eliminação
de peso
Muitas
mulheres tendem a seguir uma alimentação restrita em calorias durante a
lactação para que possam atingir o peso pré-gestacional o mais rápido possível.
O que muitas mulheres não se dão conta é que a produção de leite requer um
gasto energético considerável. Para a produção de 100 ml de leite,
aproximadamente 65 calorias, a lactante gasta 85 calorias.
Devido
a esse gasto energético, a mulher que está amamentando necessita de mais
energia. Enquanto na gravidez a quantidade de energia a mais necessária era de
300 calorias, na lactação essa quantidade sobe para 500 calorias. Se uma mulher
precisa de 2000 calorias para manter o peso, durante a lactação esse valor
sobre para 2500 calorias.
No
período de aleitamento exclusivo, ou seja, o bebê não consome nenhum outro
alimento ou líquido, o depósito de gordura que a mãe acumulou durante a
gestação, também é utilizado para fornecer energia para a produção do leite.
Por isso, quanto mais a mulher der o peito exclusivamente, maior será o gasto
energético dela e, conseqüentemente, o depósito de gordura se reduzirá.
Conforme
o aleitamento deixa de ser exclusivo e a produção de leite se torna menor, a
quantidade de calorias da alimentação da mãe pode ser reduzida para que
continue o processo de redução de peso.
Quantidade
de nutrientes
Devido
à necessidade energética maior e a produção de leite, as quantidade em gramas
de carboidratos, proteínas e gorduras deverão estar aumentadas, mantendo-se a
proporção, ou seja, 50 a 60% do total de calorias da alimentação devem vir dos
carboidratos, 25 a 30% das gorduras e de 15 a 20% das proteínas.
As
quantidades de vitaminas e minerais que a lactante necessita são maiores em
relação às mulheres não lactantes. Dessa maneira, é muito importante que a
mulher evite alimentos muito calóricos, ricos em gorduras ou carboidratos
simples como salgados, frituras, bolos, tortas e dê preferência aos alimentos
integrais e naturais.
Isso
significa que frutas, legumes e verduras devem estar presentes diariamente nas
refeições. Substitua alimentos ricos em farinha refinada pelas versões
integrais como pão integral, bolachas integrais, arroz integral.
Número
de refeições por dia
A
alimentação deve ser fracionada e, por isso, o mínimo são 5 refeições por dia,
ou seja, as três principais (café da manhã, almoço e jantar) e dois pequenos
lanches intercalados. É muito importante que não pule nenhuma refeição para que
haja uma variedade alimentar durante o dia e para que os nutrientes não fiquem
concentrados em poucas refeições.
O
que deve ser evitado
Cafeína:
a ingestão de cafeína pela mãe faz com que o leite materno tenha quantidades
dessa substância. A cafeína faz com que o bebê fique sem sono e irritado e, por
isso, a melhor opção é restringir alimentos que contenham cafeína e optar pelos
alimentos descafeinados. Alimentos que contém cafeína são café, chás (mate,
verde), chocolates (cacau), refrigerantes.
Bebidas
alcoólicas: podem comprometer a produção de leite materno e, além disso, o
álcool passa para o bebê através do leite. Durante a amamentação, a orientação
é excluir as bebidas alcoólicas da alimentação.
Alimentos
ricos em enxofre: durante a amamentação muitas mulheres reclamam do desconforto
causado por gases. Por isso, nesse período, a recomendação é evitar alimentos
ricos em enxofre, pois eles estimulam a produção de gases. Evite feijões,
brócolis, couve-flor, couve manteiga, rabanete, repolho, espinafre.
Ingestão
de água
A
ingestão de água não afeta o volume de leite produzido, mas deve ser feita em
pelo menos 1,5 litro por dia para a reposição da água gasta e para manter a mãe
bem hidratada. É importante lembrar que a produção de leite será maior, quanto
maior for a freqüência de amamentação. A qualidade da alimentação da mãe
influencia a qualidade do leite. Estimular a amamentação e ter os cuidados com
a alimentação citados fará com que a mãe dê ao filho o principal e melhor
alimento nos primeiros meses de vida: o leite materno.
Fonte: Dieta e saúde
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