sexta-feira, 17 de abril de 2015

Glicose alta no sangue, como identificar?

Sede excessiva e visão embaçada são alguns sinais do problema
A causa mais comum de aumento persistente da glicose no sangue (hiperglicemia) é o diabetes mellitus. Outros fatores tais como as infecções agudas graves e a ingestão de alguns medicamentos como os corticóides, por exemplo, podem provocar hiperglicemia temporária.

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, a qual facilita a passagem do açúcar (glicose) presente no sangue para o interior dos tecidos, para ser utilizado como fonte de energia. Dessa forma, a insulina é capaz de reduzir a glicose do sangue. Portanto, se houver falta desse hormônio, ou mesmo se ele não agir corretamente (resistência à insulina), haverá aumento sérico de glicose e, consequentemente, diabetes.  
Há dois tipos principais de diabetes, a saber: tipo 1 é aquele em que as células-beta do pâncreas, responsáveis pela fabricação da insulina, são destruídas. Isso leva a uma intensa falta desse hormônio que, geralmente, causa um grave aumento da glicose no sangue e necessidade de tratamento imediato com insulina. Esse tipo acomete mais frequentemente os indivíduos jovens, embora, às vezes, possa aparecer também em adultos.
No diabetes tipo 2, que ocorre comumente em pessoas com mais de 40 anos, há uma combinação de dois fatores. Além de haver redução da produção de insulina (falta relativa), este hormônio também não age de maneira adequada. Neste caso, apesar de a insulina estar presente, sua capacidade de fazer a glicose sair da corrente sanguínea e entrar no interior das células é menor. Consequentemente, a glicose no sangue aumenta (hiperglicemia). Em geral, o diabetes tipo 2 pode ser tratado com medicamentos orais ou injetáveis, contudo, com o passar do tempo, a falta de insulina pode se agravar. Se isso acontecer, será necessário, também, o emprego desse hormônio, isolado ou associado com medicamentos.

Há, também, outros tipos de diabetes, incluindo o diabetes gestacional, que pode até necessitar de tratamento com insulina, dependendo de cada gestante. Esse tipo de diabetes tende a desaparecer após a gestação. Atualmente, o valor de referência normal para a glicemia (concentração de glicose no sangue) após, no mínimo, 8 horas de jejum é de até 99 mg/dL. Valores de 100 a 125 mg/dL são considerados alterados, mas ainda não diabéticos.

O indivíduo é considerado diabético nas seguintes situações:
- Duas glicemias de jejum maiores ou iguais a 126 mg/d;Glicemia maior que 200 mg/dL colhida a qualquer hora do dia na presença de sinais e sintomas de diabetes (polidipsia, poliúria e perda de peso).

- A curva glicêmica ou teste oral de tolerância à glicose (75 g) pode ser também empregado para o diagnóstico de diabetes. São realizadas glicemias antes e 30, 60, 90 e 120 minutos após a ingestão de glicose. Neste teste, os valores de glicemia entre 140 e 200 mg/dL, duas horas após a ingestão de glicose, são compatíveis com intolerância à glicose (pré-diabetes). O diagnóstico de diabetes é confirmado quando a glicemia for igual ou maior que 200 mg/dL aos 120 minutos.

Todos os indivíduos diabéticos (tipos 1 e 2) apresentam hiperglicemia no momento do diagnóstico, mas a presença das manifestações clínicas dependerá da intensidade do aumento da glicose. Por exemplo, uma pessoa que tem diabetes e sua glicose gira em torno de 130 mg/dL, em geral, não apresenta sintomas.

Ainda que as glicemias maiores ou iguais a 126 mg/dL confirmem a presença de diabetes, os sintomas e sinais de hiperglicemia são mais evidentes quando a glicose atinge valores mais altos no soro. Embora possa variar de uma pessoa para outra, a glicose aparece na urina, quando suas concentrações são maiores que 160-180 mg/dL no soro. Quando presente na urina, a glicose atrai mais água (diurese osmótica) que aumenta o volume urinário. Assim sendo, só haverá aumento do volume diário de urina (poliúria) e sede excessiva (polidipsia) quando a glicose estiver maior que esses valores.

No diabetes tipo 1, geralmente ocorre grande falta de insulina, hiperglicemia mais intensa e sintomas mais expressivos. Além das manifestações da hiperglicemia descritas no quadro 1, pode ocorrer, também, perda de peso, aumento do apetite, enurese noturna (perda involuntária de urina durante o sono), tontura postural e fraqueza. Além disso, quando houver acentuada e abrupta redução de insulina pode ocorrer cetoacidose diabética com perda de apetite, náuseas, vômitos, alterações do nível de consciência, coma etc.

Já no tipo 2, habitualmente, não há deficiência grave de insulina e, dessa forma, na maior parte das vezes a glicose sobe menos e, também, de forma mais lenta. Consequentemente, os sinais e sintomas aparecem de maneira gradual, podendo, inclusive, passar despercebidos durante meses ou até anos. As infecções de pele, como os furúnculos são comuns. Sensação de coceira e infecções da vulva e da vagina (como candidíases) são, muitas vezes, as primeiras manifestações de diabetes. A possibilidade de diabetes deve ser descartada nas gestantes que dão a luz a bebês grandes (mais de 4,1 Kg), com pré-eclâmpsia e quando há morte fetal de causa desconhecida.
É importante que as pessoas estejam familiarizadas com as manifestações clínicas da hiperglicemia, pois elas são, frequentemente, o primeiro indício de diabetes. Por exemplo: especial atenção deve ser dada a uma criança que não molhava mais a cama à noite (há no mínimo seis meses) e volta a molhar (enurese noturna secundária). Há várias causas para esse problema, mas uma delas é o aumento do volume de urina provocado pela hiperglicemia em crianças diabéticas.


Já que muitas vezes o diabetes tipo 2 pode passar muito tempo despercebido, a melhor maneira de identificá-lo precocemente é por meio de avaliações periódicas da glicemia (mesmo que seja com a gotinha de sangue obtida da ponta do dedo), especialmente, nos indivíduos obesos e com história familiar de diabetes, que correm maior risco de desenvolver a doença. Esse procedimento certamente contribuirá para a detecção precoce e prevenção das complicações dessa enfermidade.
Fonte: Yahoo | Minha Vida 

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Muito cansado? Conheça 14 causas que podem estar por trás de sua fadiga

Fatores variam de problemas no coração até excesso de cafeína

O estresse do dia a dia e a necessidade de fazer diversas coisas ao mesmo tempo podem fazer a fadiga perturbar a rotina, o que torna difícil até mesmo atividades corriqueiras. No entanto, nem sempre essa fadiga quer dizer que você está precisando apenas de um descanso. Confira o que pode estar por trás dessa sensação de cansaço incessante. 


Pouco tempo de sono

O período do sono serve para repor nossas energias. É nesse período que acontece a síntese de proteínas, fazendo com que o cansaço do dia desapareça. Assim, se não há o tempo de sono adequado, a fadiga bate à porta. A quantidade de sono necessária depende do cansaço físico e mental, da idade e até da genética de cada indivíduo. Em média, um adulto deve dormir entre sete e oito horas por dia.

Apneia do sono

Esse distúrbio é caracterizado pelo fechamento repetitivo da passagem do ar pela garganta durante o sono, podendo interromper a respiração por até 40 segundos. Essas pequenas paradas fazem com que o indivíduo acorde durante a noite, interrompendo o sono. Fadiga, falta de concentração, alteração de humor e perda de memória e libido são sintomas comuns de quem sofre de apneia. Para detectar o problema, é necessário procurar ajuda médica, pois apenas exames em um laboratório de sono podem indicar o distúrbio. Em alguns casos, o tratamento se restringe à perda de peso, já que a gordura em excesso na região do pescoço estreita ainda mais a laringe, provocando a doença.  

Sedentarismo

Subir um lance de escadas e já ficar cansado é apenas um dos incômodos que a vida sedentária traz. É comum pessoas que não fazem nenhuma atividade física se sentirem fadigadas ao menor sinal de esforço. Isso se deve à falta de condicionamento do sistema cardíaco, ou seja, o coração não bate saudável a ponto de mandar sangue para o corpo todo. Desse modo, por causa do acúmulo de ácido lático nos músculos, o sistema muscular acaba fraco. Para resolver esse problema, não há outra solução: mexa-se! O sedentário tem que se mexer, fazer caminhada, natação, hidroginástica. A falta de tempo ou dinheiro não é desculpa para ficar parado. Descer do ônibus a dois ou três pontos de seu destino, caminhar até a padaria ou o banco, trocar o elevador pela escada são dicas valiosas para quem ainda insiste em dar desculpas. 

Anemia

A sensação de fadiga pode estar ligada a essa doença, que nada mais é do que a diminuição da hemoglobina, responsável pelo transporte de oxigênio e nutrientes pelo corpo. Quem tem anemia acaba transportando menos substâncias, o que não é aceito pelo organismo. O coração exige mais trabalho, levando ao fracasso dos músculos. Com tratamento, a fadiga desaparece completamente. 

Alergia ao glúten

Quem possui essa alergia alimentar sente-se sem energia para nada. Ele explica que isso acontece porque a glutenina, proteína formadora do glúten, provoca uma irritação no intestino, diminuindo a absorção de outras substâncias. Por isso, é importante detectar rapidamente a alergia ao glúten. 

Consumo de café

A cafeína, conhecida por fornecer energia, pode ser o agente causador da fadiga inexplicável. Essa substância é termogênica, logo, obrigará teu organismo a gastar mais energia. No entanto, quando você não tem essa energia para gastar, tudo o que fica é o cansaço e a moleza. 

Desidratação

O consumo de água adequado é vital para o bom funcionamento do organismo. Assim, o corpo desidratado está disfuncional. A água serve pra manter a temperatura do corpo. Se você não toma muita água, o seu organismo vai esquentar e cansar muito rápido. Para saber qual é a quantidade certa de água que você deve consumir diariamente, multiplique seu peso por 0,03. Seguindo esse cálculo, uma pessoa de 70 quilos deve tomar, aproximadamente, 2,1 litros de água por dia. 

Cigarro

Mais um motivo para largar o cigarro: ele te cansa, e por vários motivos. O primeiro deles é que quem fuma tem maior concentração de monóxido de carbono no sangue, que compete com o oxigênio para fazer ligação com a hemoglobina. Assim, o fumante tem menor concentração de oxigênio correndo pelo sangue, o que dá a sensação de fadiga. Outro motivo é que, entre os componentes do cigarro, estão alguns que aceleram o catabolismo - conjunto de reações metabólicas que liberam energia no organismo -, levando à perda desnecessária dessa energia. Além disso, a nicotina diminui a quantidade de oxigênio que chega à periferia do organismo, piorando o cansaço. Por último, quem fuma tem perda maior de função pulmonar por causa da ação dos componentes do cigarro no órgão. Eles levam à inflamação dos brônquios, que ficam mais obstruídos. Vários componentes oxidantes destroem as ligações entre os alvéolos, causando enfisema pulmonar, o que leva à fadiga. Se esse é o seu caso, não há saída além de apagar o cigarro.

Distúrbios da tireóide (hipotireodismo ou hipertireodismo)

Embora sejam dois distúrbios extremos, tanto o hipotireoidismo quanto o hipertireoidismo podem causar fadiga, embora não da mesma forma. No caso do hipertireoidismo, o doente tem o metabolismo acelerado, o que faz com que seu corpo faça um esforço desnecessário. Assim, mesmo sem qualquer atividade física, seu coração baterá mais acelerado. Em dias quentes, ela sente cansaço equivalente ao da prática de atividade física. Já no hipotireoidismo, acontece o contrário. Como também há alteração no funcionamento do coração, a pessoa fica cansada sem fazer esforço. É como se tudo ficasse mais lento, até mesmo o cérebro, dificultando a execução de tarefas.  

Diabetes

Quando mal controlada, essa doença também causa fadiga. O diabetes causa desequilíbrio no metabolismo, desequilibrando também a parte do controle de líquidos do corpo. Existe a deficiência relativa ou absoluta de insulina, então o metabolismo de nutrição não é feito de maneira adequada. Assim, há perda de liquido e desidratação. Esse desarranjo é o grande responsável pela fadiga em portadores do distúrbio. Com o controle da doença, entretanto, a fadiga tende a melhorar consideravelmente. 

Depressão

Para o depressivo, é ainda mais difícil conseguir forças para realizar qualquer atividade, até mesmo as mais corriqueiras. A extrema falta de energia e vontade é um dos principais sintomas da doença, que também incluem queda de concentração, alterações do apetite e sono e pensamentos negativos constantes. 
Depressão é coisa séria e exige tratamento adequado, que envolve terapia e uso de medicação. Em geral, a fadiga melhora com o uso de antidepressivos, principalmente os que aumentam a noradrenalina. 

Estresse

Nosso corpo tem um balanço de forças motivadoras e calmantes - os sistemas noradrenérgico e serotoninérgico. Enquanto o primeiro faz com que você tenha força e vontade, o segundo está ligado à calma. Toda vez que o indivíduo passa por situações de estresse, há um descompasso desse balanço. Se há predomínio da serotonina em relação à noradrenalina, há a fadiga. Se esse é o seu caso, está na hora de relaxar.

Doenças cardíacas


A fadiga é o primeiro sintoma que indica que algo não está bem com o seu coração. Quando ele está fraco ou dilatado, não bombeia o sangue com eficiência, causando a fadiga. Por isso, a fadiga é o primeiro sintoma de inúmeras doenças cardíacas: angina, infarto agudo do miocárdio, pós-infarto, artérias entupidas, pressão alta, insuficiência cardíaca, arritmia, doenças valvulares, fibrilação atrial, entre outras.  O sangue chega muito devagar em todas as partes do organismo, inclusive no cérebro, o que favorece o aparecimento do Alzheimer. Por isso, é importante a realização do check-up, principalmente a partir dos 40 anos.  
Fonte: Yahoo | Minha vida 

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Sintomas de infarto: dor no peito não é o único sinal

Quanto antes você procurar um hospital, menores são os riscos

As doenças cardiovasculares são líderes em morte no mundo, sendo responsáveis por quase 30% das mortes no Brasil. Dentre estas, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a causa principal. De acordo com o Datasus, agência de controle de dados do governo, foram registrados 2028 óbitos por doenças cardiovasculares no estado de São Paulo apenas no mês de agosto de 2014. A mortalidade hospitalar por infarto agudo na internação é alta, e maior quanto mais demorado o tempo entre o início dos sintomas e o atendimento final. Os fatores de risco para o infarto são obesidade, hipertensão, colesterol alto, estresse, diabetes ou infartos anteriores. Homens na meia idade e mulheres após a menopausa são os mais afetados pelo problema.
O infarto acontece quando parte do músculo cardíaco morreu por falta de oxigênio. A nutrição do músculo é feita pelas artérias coronárias, que levam sangue e nutrientes até o coração. Se uma artéria dessas "entupir" - que ocorre quando uma placa de gordura perto da parede interna do vaso rompe - o fluxo de sangue é interrompido e aquela área entra em sofrimento (causando dor) e se esse fluxo não for reestabelecido a tempo, o tecido morre.

Identificando o infarto

A dor do IAM é uma sensação mal definida, surda, que pode se alojar em qualquer local entre o lábio inferior e a cicatriz umbilical. Ainda que a maioria das pessoas sinta dor no meio do peito, em aperto, espalhando para o braço direito, vemos com muita frequência apresentações menos características. Já foram registrados casos de pessoas com dor no queixo, dor nas costas. As características do infarto em mulheres são muito menos típicas, com queixas de queimação ou agulhadas no peito ou ainda falta de ar sem dor. Qualquer dor nessas regiões que se mantêm por mais de 20 minutos deve ser investigada e considerada doença grave, especialmente se associada aos seguintes sintomas:
  • Vômitos
  • Suor frio
  • Fraqueza Intensa
  • Palpitações
  • Falta de ar
Na presença dessas sensações, é de extrema importância procurar ajuda no pronto socorro mais próximo em no máximo uma hora. Conforme o tempo passa a dor diminui, mas o dano torna-se mais extenso e irreversível. Após 12 horas de dor, o músculo em sofrimento já morreu quase por completo.

Evite dirigir se tiver qualquer suspeita de infarto, pois arritmias e desmaios são frequentes no inicio do quadro, colocando em risco você e os outros. Carregue consigo seus exames mais recentes, se estiverem acessíveis e não forem atrasar a sua viagem. Fique tranquilo e explique tudo ao seu acompanhante e médico, em especial a presença de alergias e doenças prévias.
Fonte: Yahoo | Minha vida