segunda-feira, 18 de maio de 2015

Síndrome da fadiga crônica (SFC) ou fibromialgia


A síndrome da fadiga crônica (SFC) é um mal sem causa identificada, comumente associada à fibromialgia, onde o quadro de cansaço não melhora nem com o descanso. É complicado, até mesmo para especialistas, separar essa síndrome da fibromialgia, que é uma síndrome de amplificação dolorosa não inflamatória e crônica de difícil diagnóstico. Isso porque a fadiga aparece na grande maioria dos casos de fibromialgia, que também pode estar relacionada a dores e distúrbios do sono do paciente. 

A fibromialgia é uma doença que tem a fadiga como um dos sintomas principais. Ao mesmo tempo, na síndrome da fadiga crônica, o principal sintoma também é a fadiga. Então, pode acontecer do paciente ter as duas doenças.
A fadiga causada por esses distúrbios é arrebatadora. O doente já acorda de manhã muito cansado, o que piora durante o dia e, apesar de descansar, o cansaço não melhora. Se esse quadro persistir durante três meses, é importante procurar um reumatologista, que saberá diagnosticar. A fibromialgia é um diagnostico de inclusão, ou seja, se o paciente preenche os critérios, ele tem. Na SFC, você tem que afastar outras doenças. Ao contrário de doenças virais ou autoimunes, nenhum dos dois distúrbios causa fadiga muscular, mas sim a falta de energia. 

Embora ainda não exista tratamento adequado para essas síndromes, ele tem sido feito com o uso de antidepressivos, derivados de anfetaminas (para melhorar o quadro de falta de energia) e até mesmo GH (hormônio do crescimento), além de atividades físicas e medidas para a melhoria da qualidade de sono do paciente. 

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Comer amendoim com frequência faz bem para o coração, diz estudo

Consumir amendoim, ainda que seja em pequenas quantidades, ajuda a reduzir a mortalidade causada por problemas cardiovasculares — é o que diz uma extensa pesquisa publicada pela Associação Médica dos Estados Unidos, que confirma trabalhos anteriores com resultados similares. Os amendoins estão vinculados a uma diminuição da mortalidade geral de entre 17% e 21% e uma diminuição de 23% a 38% das disfunções por doenças cardiovasculares, segundo os autores do estudo divulgado na revista "Jama".  


A pesquisa se baseou nos resultados de 70 mil indivíduos brancos e negros dos Estados Unidos e de 130 mil chineses em Xangai. A maioria dos participantes pertencia a categorias socioeconômicas modestas. 

"Em nosso estudo, constatamos que o consumo de amendoim coincidiu com uma diminuição da mortalidade geral, especialmente aquela causada por doenças cardiovasculares em populações negras e brancas norte-americanas, assim como entre chineses de ambos os sexos em Xangai", afirmou Hung Luu, epidemiólogo da faculdade de medicina da Universidade Vanderbilt e principal autor do trabalho.

Como este fruto seco é bem menos oneroso e mais acessível que as nozes, reforçar seu consumo pode ser uma maneira econômica de melhorar a saúde cardiovascular das populações, explicou. "Esses dados vêm de estudos epidemiológicos e não de provas clínicas controladas. Por isso, não estamos seguros de que o consumo de amendoins como tal comporte uma redução da mortalidade", ponderou William Blot, do centro de pesquisas sobre o câncer de Vanderbilt e coautor do estudo.

Mesmo assim, "os resultados apoiam pesquisas anteriores que sugerem que os benefícios de comer amendoins são bastante alentadores". O amendoim (sem adição de sal) é rico em nutrientes e contém ácidos graxos não saturados, fibra, vitaminas e antioxidantes.

Fonte: Folha | UOL 

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Música alta pode levar um bilhão de jovens a surdez; saiba como se proteger

A OMS recomenda não usar fones de ouvido durante mais de uma hora por dia, e a escutar num nível baixo. No volume máximo, ouça por apenas quatro minutos. 


O barulho está por toda a parte. Mas a epidemia de ruído dos dias atuais acontece, no entanto, em silêncio. Mais especificamente dentro dos fones de ouvido. Ninguém está a salvo dela, mas o problema, que já se tornou crônico, afeta particularmente os jovens.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que 1,1 bilhão de jovens em todo o mundo correm o risco de sofrer perda auditiva devido à exposição ao barulho causada por seus hábitos diários. Nos países desenvolvidos, a situação é tão grave que, de acordo com estimativas, mais de 43 milhões de pessoas, entre 12 e 35 anos, já sofrem de surdez incapacitante.
Em um relatório publicado pela OMS, a organização estimou que 50% dessa faixa etária (12 a 35 anos) está exposta a riscos pelo uso excessivo de tocadores de mp3 e smartphones, e 40% pelos níveis de ruído prejudiciais de discotecas e bares. Mas como saber quando estamos causando danos, talvez irreversíveis, a nossos ouvidos?

Especialistas avaliam que 85 decibéis (dB) até 8 horas é o nível máximo de exposição sem riscos a que um ser humano pode se submeter. Esse período de tempo diminui na medida em que a intensidade do som aumenta. 
Não se trata de uma tarefa fácil, especialmente considerando que o volume de dispositivos de áudio pessoais, como tocadores de mp3, pode variar entre 75 dB e 136 dB no nível máximo. O relatório da OMS recomenda, contudo, que as pessoas usem esses aparelhos não mais do que uma hora por dia e a um volume baixo.
Já em discotecas e bares, os níveis de ruído podem variar entre 104 dB e 112 dB. De acordo com os parâmetros determinados pelo órgão da ONU, permanecer mais de 15 minutos nesses locais não é seguro. O mesmo se aplica em instalações esportivas, onde o nível de ruído oscila entre 80 dB e 117 dB.
Segundo médicos, a exposição a esses ambientes provoca cansaço nas células sensoriais auditivas. O resultado é a perda temporária da audição ou acúfeno (sensação de zumbido no ouvido). A capacidade auditiva melhora na medida em que as células se recuperam, mas quando "os sons são muito fortes ou a exposição ocorre regularmente ou de forma prolongada, as células sensoriais e outras estruturas podem ser danificadas permanentemente, causando uma perda irreversível da audição", informa a OMS.
Para se ter uma ideia, uma pessoa que ouve 15 minutos de música a 100 dB está exposta a níveis semelhantes de ruído aos níveis enfrentados por um operário que trabalhe oito horas por dia a 85 dB.

Exposição segura ao som

Segundo a OMS, 85 decibéis (dB) até 8 horas é o nível máximo de exposição sem riscos a que um ser humano pode se submeter. Confira o volume máximo de exposição ao som que a OMS considera seguro:
- 85 dB: nível de ruído no interior de um carro. Tempo máximo seguro: oito horas.
- 90 dB: cortador de grama. Tempo máximo seguro: Duas horas e 30 minutos.
- 95 dB: ruído médio de uma motocicleta. Tempo máximo seguro: 47 minutos.
- 100 dB: buzina de um carro ou metrô. Tempo máximo seguro: 15 minutos.
- 105 dB: tocador de mp3 no volume máximo. Tempo máximo seguro: Quatro minutos.

No relatório, a OMS também fez algumas recomendações para quem pretende proteger a audição. São elas:
- Mantenha o volume baixo. Regule o volume de seu tocador de mp3 para que nunca exceda 60% do volume total. Use tampões de ouvido toda vez que for a um evento onde o ambiente seja extremamente barulhento, como discotecas ou bares.

- Limite o tempo gasto em atividades barulhentas. A duração da exposição ao ruído é um dos principais fatores por trás da perda de audição. É aconselhável fazer breves descansos auditivos e limitar a uma hora diária o uso de fones de ouvido.
- Preste atenção aos níveis seguros de exposição ao ruído. Use a tecnologia dos smartphones para ajudá-lo a medir os níveis de exposição.


- Preste atenção aos primeiros sinais de perda de audição. A OMS recomenda procurar imediatamente um médico se houver dificuldades para ouvir sons agudos, como campainha, telefone ou despertador, ou entender a conversa por telefone e até mesmo em ambientes barulhentos.

Fonte: Notícias UOL