Quando o coração para de receber
oxigênio e nutrientes por conta da ausência de irrigação sanguínea, começa a
ocorrer a morte de células do tecido cardíaco: significa que ele está sofrendo
um infarto. Durante esse processo, dependendo do tamanho, da localização e do
tempo que a artéria está alterada, o indivíduo pode sentir diversos sintomas
que muitas vezes são pequenos, se comparados à conhecida dor no peito que automaticamente
associamos ao problema.
Muita gente já deve ter sentido
pelo menos uma vez na vida falta de ar, palidez, azia ou ânsia de vômito. Pois
esses sintomas podem estar por trás de um infarto. Há duas explicações para a
ocorrência desses sintomas chamados “atípicos”. Quando o músculo cardíaco sofre
isquemia (falta de suprimento sanguíneo), o próprio corpo humano tem um
mecanismo de compensação pelos danos que está sofrendo. Quando o cérebro
percebe que o coração está funcionando de forma anormal, lança mão de
mecanismos, como a liberação de hormônios, para tentar ‘resolver’ o que está
acontecendo.
Um exemplo dessa tentativa de
compensar explica o rubor no rosto da pessoa que está infartando. Como alguma
artéria está fechada, o cérebro manda substâncias vasodilatadoras para o
organismo, o que pode atingir os vasos faciais. Assim, mais sangue chega ao
rosto e a pessoa fica “vermelha”.
A falta de ar também é um bom
exemplo: como o coração com artérias obstruídas não consegue bombear sangue
para o corpo, o líquido acaba “voltando” e atingindo os pulmões.
É importante ficar alerta para o
fato de que cada área irrigada do músculo cardíaco tem ligação com uma função
do corpo humano. Dependendo da artéria obstruída, pode acontecer uma falência
ou uma perda de função de órgãos relacionados. Quando há um entupimento da
artéria coronária direita, por exemplo, ligada à área que é fonte de estímulos
eletrônicos do coração, a pessoa sente náuseas, vômitos, tontura, desmaio,
síncopes – uma espécie de ‘apagão’. Já do lado esquerdo, que é responsável pela
irrigação do músculo cardíaco, os sintomas são cansaço, falta de ar, edema
pulmonar.
Quando procurar ajuda em casos de
sintomas leves?
É por isso que é tão importante
estar atento a qualquer sinal que o corpo manda. Diabéticos, em especial, podem
sofrer perda da sensibilidade à dor. Idosos e mulheres, que em geral subestimam
as dores, também. Qualquer pessoa que tenha antecedente familiar com doenças
cardíacas também entra no grupo de risco dos que não devem menosprezar mesmo os
sintomas mais leves e aparentemente insignificantes.
Mas mesmo que você não se
enquadre em nenhum dos casos anteriores, fique alerta: qualquer mal estar, como
vômitos e náuseas que durem mais de 30 minutos, devem ser avaliados por um
médico. 60% dos casos de morte acontecem uma hora após o inicio do infarto. É
fundamental o atendimento rápido.
Fonte: Coração alerta
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