Durante a gestação, o cordão
umbilical é responsável pela nutrição e oxigenação do bebê, unindo o feto à
placenta da mãe. O que muita gente não sabe é que, embora a veia umbilical não
tenha mais importância para o desenvolvimento da criança após o seu nascimento,
o sangue que permanece nela e na placenta pode garantir a vida de muitas outras
pessoas.
Assim como a medula óssea, o
sangue do cordão umbilical é rico em células-mãe, sendo capazes de criar os
componentes principais do sangue humano e do sistema imunológico do corpo. A
partir delas, formam-se glóbulos vermelhos (que levam o oxigênio aos tecidos),
glóbulos brancos (que combatem infecções) e plaquetas (necessárias para a
coagulação).
Além do tratamento das Leucemias
e Mielodisplasias, o material coletado pode ser utilizado para o tratamento de
79 tipos de doenças, como Talessemia e Linfomas. Outras doenças como Diabetes
tipo 1, doenças neurológicas e, até mesmo, a Aids, são objetos de estudos.
O momento do nascimento é a
única oportunidade para a coleta das células-tronco do cordão umbilical e, por
isso, o procedimento deve ser incluído nos preparativos que antecedem a chegada
do bebê. A coleta é indolor e dura em
torno de cinco minutos, devendo ser realizada com rigorosa técnica asséptica. A
doação não oferece nenhum risco para a mãe ou para o bebê. “A retirada do
sangue do cordão umbilical deve ser realizada imediatamente após o parto.
Depois, as células-tronco são separadas em um laboratório e podem ser
armazenadas, por muitos anos, em tanques refrigerados com nitrogênio, a uma
temperatura próxima de -190°C”, diz o hematologista Dr Nelson Tatsui. O tempo
de transporte entre o recolhimento do material e o seu processamento deve ser
no máximo de 48 horas.
Atualmente o armazenamento pode
ser feito em bancos de sangue privados e públicos. Nos privados, o sangue do
cordão do bebê é garantido para seu próprio uso ou para utilização de um membro
da família em caso de necessidade. Já
nos bancos de sangue públicos, a família doará o sangue do cordão umbilical, o
qual será armazenado e estará disponível para quem seja compatível e precise de
um transplante, habitualmente portador de uma doença hematológica grave. Há
relatos de unidades congeladas há aproximadamente 23 anos, que demonstram
viabilidade celular adequada.
O BrasilCord representa a rede
pública e possui aproximadamente 13 unidades espalhadas pelo Brasil. A gestante
deverá buscar uma das unidades e seguir todos requisitos técnicos e legais.
Nesse caso, a família não poderá reivindicar, a qualquer tempo, o sangue de
cordão doado.
No setor privado, recomenda-se
que a mãe busque uma unidade geograficamente próxima ao centro médico de opção
em caso de necessidade de transplante. Também deverá seguir critérios técnicos
e legais específicos do sistema privado.
A transfusão de células-tronco para os pacientes
No início do tratamento, ocorre
a destruição da medula-óssea doente através da quimioterapia ou radioterapia.
Após o preparo do paciente para o transplante, o sangue do cordão umbilical
(composto por novas células-tronco) é descongelado e infundido na veia, como se
fosse uma transfusão de sangue, recuperando o sistema sanguíneo e imunológico
do paciente, que permanecerá internado por três a quatro semanas. Após a
recuperação do sangue, o cuidado é permanente e, muitas vezes, é necessário o
comparecimento diário ao hospital.
A célula-tronco do doador atende
a um paciente totalmente compatível. Os principais exemplos de indicação desse
tipo de transplante são: leucemia aguda, leucemia crônica, linfoma,
imunodeficiência congênita, hemoglobinopatia, mielodisplasia, e outras doenças.
Bom dia! ! Será que entre as doenças existe transfusão de sangue para M PS1 doença SCHIEI??
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