O coração, como todo
músculo, tem uma resposta local e sistêmica quando submetido à condição de
isquemia, isto é, uma insuficiente oferta de oxigênio e nutrientes. Quando isso
ocorre, a pessoa sente dor torácica e desconforto que alertam que algo não vai
bem, uma vez que não há naquele momento um equilíbrio entre a demanda e a
disposição de oxigênio. Quando essa oferta é cessada de forma súbita ou
prolongada, há possibilidade de infarto agudo do miocárdio.
A angina (angina pectoris) é o sintoma típico de doença arterial coronária ou, em
outras palavras, do estreitamento das artérias que conduzem sangue ao
coração. Pessoas que apresentam crises de angina devem manter contato regular
com o médico, vista que o quadro representa um risco de vida em potencial.
O principal sintoma dessa disfunção é dor descontínua
ou grande desconforto e pressão no peito. Em geral, a dor torna-se mais intensa
durante a atividade física e diminui quando é interrompida. Alguns tipos de
angina, no entanto, podem causar dor, mesmo quando a pessoa está em repouso ou até
mesmo dormindo. A sensação pode ainda se
irradiar pela mandíbula e pelos ombros ou braços, sendo o mais comum o lado
esquerdo do corpo.
Outros fatores que podem agravar a angina
são: estresse emocional, estômago cheio e exposição a baixas temperaturas. Em alguns casos, pode se manifestar por cansaço
fácil, arritmias e desmaios, além de falta de ar. Qualquer um destes sintomas é
suficiente para que seja buscado atendimento médico o mais breve possível.
Tratamento
Em geral, a angina é tratada com medicação
específica. Há casos em que são necessários procedimentos cirúrgicos como a
implantação de pontes em artérias coronárias (as
chamadas “pontes de safena ou mamária”) ou por cateter (angioplastias e stents),
mais frequentemente.
Recomendações
Certos cuidados são fundamentais para a
prevenção e controle da angina. Por isso, fique atento:
*
Fumar desencadeia crises de angina. Se você fuma, faça o possível para deixar o
cigarro. O fumo sobrecarrega o coração, obrigando-o a trabalhar com mais vigor;
* Caso
esteja acima do peso indicado, procure reduzi-lo. Não recorra a dietas
milagrosas ou drásticas demais e de efeitos duvidosos. Perca peso
gradativamente, optando por uma alimentação de baixo conteúdo calórico, pouco
colesterol e muita fibra;
*
Exercite-se regularmente. Discuta com seu médico a prática de exercícios condizentes
com seu preparo físico, como caminhadas ou natação;
*
Administre sua carga de estresse. Incorpore à sua rotina atividades que ajudem
a reduzir os níveis de estresse e que promovam o bem-estar, como ioga, meditação,
estar entre amigos, trabalho voluntário, entre outros;
*
Controle a pressão arterial. Adote uma dieta de pouco sal e aumente a ingestão
de potássio e cálcio: bananas e batatas são ricas em potássio e laticínios de
baixo teor de gordura, como iogurte e leite desnatado, são ricos em cálcio;
*
Modere a ingestão de álcool. Nunca tome mais do que duas doses por dia. Uma
dose de bebida destilada equivale a um copo de vinho ou a uma latinha de
cerveja;
*
Faça refeições menores e com maior regularidade. Condicione sua alimentação
diária a quatro ou cinco refeições leves em vez de três substanciais;
*
Descanse por trinta ou quarenta minutos após as refeições;
*
Evite temperaturas extremamente baixas ou muito elevadas;
*
Não espere muito para tomar a medicação contra angina. Tome-a de maneira
profilática antes de iniciar tarefas extenuantes. Numa crise, quanto mais cedo
tomar o remédio, mais eficiente será seu efeito.
FONTE: BLOG DR. DRAUZIO VARELLA e MINHA VIDA
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