quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Angina: risco silencioso não deve ser ignorado

  O coração, como todo músculo, tem uma resposta local e sistêmica quando submetido à condição de isquemia, isto é, uma insuficiente oferta de oxigênio e nutrientes. Quando isso ocorre, a pessoa sente dor torácica e desconforto que alertam que algo não vai bem, uma vez que não há naquele momento um equilíbrio entre a demanda e a disposição de oxigênio. Quando essa oferta é cessada de forma súbita ou prolongada, há possibilidade de infarto agudo do miocárdio.
   A angina (angina pectoris) é o sintoma típico de doença arterial coronária ou, em outras palavras, do estreitamento das artérias que conduzem sangue ao coração. Pessoas que apresentam crises de angina devem manter contato regular com o médico, vista que o quadro representa um risco de vida em potencial.
   O principal sintoma dessa disfunção é dor descontínua ou grande desconforto e pressão no peito. Em geral, a dor torna-se mais intensa durante a atividade física e diminui quando é interrompida. Alguns tipos de angina, no entanto, podem causar dor, mesmo quando a pessoa está em repouso ou até mesmo dormindo.  A sensação pode ainda se irradiar pela mandíbula e pelos ombros ou braços, sendo o mais comum o lado esquerdo do corpo.
   Outros fatores que podem agravar a angina são: estresse emocional, estômago cheio e exposição a baixas temperaturas. Em alguns casos, pode se manifestar por cansaço fácil, arritmias e desmaios, além de falta de ar. Qualquer um destes sintomas é suficiente para que seja buscado atendimento médico o mais breve possível.

Tratamento
   Em geral, a angina é tratada com medicação específica. Há casos em que são necessários procedimentos cirúrgicos como a implantação de pontes em artérias coronárias (as chamadas “pontes de safena ou mamária”) ou por cateter (angioplastias e stents), mais frequentemente.

Recomendações
   Certos cuidados são fundamentais para a prevenção e controle da angina. Por isso, fique atento:
* Fumar desencadeia crises de angina. Se você fuma, faça o possível para deixar o cigarro. O fumo sobrecarrega o coração, obrigando-o a trabalhar com mais vigor;
* Caso esteja acima do peso indicado, procure reduzi-lo. Não recorra a dietas milagrosas ou drásticas demais e de efeitos duvidosos. Perca peso gradativamente, optando por uma alimentação de baixo conteúdo calórico, pouco colesterol e muita fibra;
* Exercite-se regularmente. Discuta com seu médico a prática de exercícios condizentes com seu preparo físico, como caminhadas ou natação;
* Administre sua carga de estresse. Incorpore à sua rotina atividades que ajudem a reduzir os níveis de estresse e que promovam o bem-estar, como ioga, meditação, estar entre amigos, trabalho voluntário, entre outros;
* Controle a pressão arterial. Adote uma dieta de pouco sal e aumente a ingestão de potássio e cálcio: bananas e batatas são ricas em potássio e laticínios de baixo teor de gordura, como iogurte e leite desnatado, são ricos em cálcio;
* Modere a ingestão de álcool. Nunca tome mais do que duas doses por dia. Uma dose de bebida destilada equivale a um copo de vinho ou a uma latinha de cerveja;
* Faça refeições menores e com maior regularidade. Condicione sua alimentação diária a quatro ou cinco refeições leves em vez de três substanciais;
* Descanse por trinta ou quarenta minutos após as refeições;
* Evite temperaturas extremamente baixas ou muito elevadas;
* Não espere muito para tomar a medicação contra angina. Tome-a de maneira profilática antes de iniciar tarefas extenuantes. Numa crise, quanto mais cedo tomar o remédio, mais eficiente será seu efeito.



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