quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Outubro Rosa



       O mês de outubro, chamado também de OUTUBRO ROSA, é o momento para conscientização das mulheres da importância da detecção precoce do câncer de mama.
       O câncer de mama é um tumor maligno, que provém de alterações genéticas nas células mamárias. Estas células sofrem um crescimento anormal e se multiplicam desordenadamente, dando origem às lesões malignas. Apesar da origem do câncer ser uma alteração genética, somente uma pequena parcela dos tumores tem relação com a hereditariedade.
       Este é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres do Brasil e do mundo. Neste ano de 2015, espera-se 57120 novos casos da doença no país.
      Se detectado em fases inicias, aumentam as chances de tratamento e cura. Os principais sintomas são: nódulo indolor, pele avermelhada, retração de pele, inversão do mamilo e saída de líquido (não leite) pelo mamilo. É importante lembrar que nem sempre essas alterações são sinônimos de câncer!!!
      Alguns exames radiológicos, como, por exemplo, a mamografia, são capazes de detectar alterações mamárias antes dos sintomas aparecerem, o que aumenta muito a chance de sucesso do tratamento! A Sociedade Brasileira de Mastologia orienta que a mamografia deve ser feita anualmente a partir dos 40 anos.
     O tratamento do câncer de mama é uma combinação de múltiplas terapias: a cirurgia (que pode ser a retirada parcial ou total da mama); a quimioterapia; a radioterapia e a hormonioterapia.  Lembrando que nenhuma mulher precisa ficar sem a mama, todas  têm direito à reconstrução mamária!
     Por isso, não se esqueça: se você é mulher e tem mais de 40 anos, procure um mastologista e faça uma mamografia!!!

Dra. Laura Penteado
CRM 140006
Ginecologista, obstetra e mastologista


sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Qual a diferença entre Endocrinologia e Metabologia?


   Endocrinologia é uma especialidade médica relativamente nova e que cuida dos transtornos das glândulas endócrinas. O termo "Endocrinologia" é derivado do grego (endo = interno e krino = separar, secretar; ou seja, "secreção interna", referindo-se aos hormônios).
   Glândulas são órgãos que produzem as mais diversas substâncias, que irão auxiliar em várias funções do organismo. Elas podem ser divididas em dois tipos: as endócrinas, popularmente conhecidas como hormônios (que secretam substâncias no sangue) e as exócrinas (que secretam substâncias em cavidades internas ou no exterior do corpo). 
   Hormônios são as substâncias que regulam o funcionamento de um ou mais órgãos do corpo, localizados geralmente à distância da glândula que os produziu. Os hormônios controlam a reprodução, o metabolismo (“queima” dos alimentos e eliminação de resíduos), o crescimento e o desenvolvimento. Eles também controlam a maneira pela qual você responde ao meio ambiente, e ajudam a regular a quantidade exata de energia e nutrientes que o seu corpo precisa para funcionar.  A endocrinologia caminha lado a lado com a metabologia.
   Já a metabologia (palavra oriunda do grego, sendo metabolé: transformação, mudanças e lógos: tratado) é uma especialidade médica relativamente nova e que consiste no estudo do metabolismo humano, ou seja, das transformações energéticas que dão vida ao ser humano, tendo em vista a alimentação como fonte de energia elementar.
   A metabologia é, portanto, responsável por estudar as moléstias do metabolismo, definido como o conjunto de mecanismos químicos que o organismo necessita para a formação, desenvolvimento e renovação de estruturas celulares, além da produção de energia exigida por manifestações internas e externas.

Quais doenças a Endocrinologia trata?
   Os endocrinologistas reconhecem e tratam problemas hormonais, visando a restabelecer o equilíbrio natural dessas substâncias no corpo. Como os hormônios regulam praticamente todas as funções orgânicas, suas alterações podem provocar diversas doenças:

Andropausa: Os hormônios masculinos podem diminuir quando o homem envelhece. Nesse caso, algumas pessoas podem sentir cansaço, diminuição da força muscular e disfunção sexual, necessitando da ajuda do especialista para fazer reposição hormonal;

Reposição hormonal da menopausa: A reposição hormonal é um tratamento eficaz, feito com hormônios iguais ao da própria mulher, para amenizar o desconforto e os riscos causados pela menopausa;

Colesterol e triglicerídeos: A alimentação errada e algumas doenças podem levar ao aumento do colesterol e dos triglicerídeos em adultos e crianças. Com um tratamento adequado, o risco de futuras complicações cardiovasculares é reduzido;

Crescimento: Uma criança saudável tem um crescimento normal. O crescimento deficiente ou excessivo pode ocorrer em função de alterações hormonais, nutricionais ou genéticas;

Diabetes: Pessoas que apresentam sobrepeso, hipertensão, alterações de gordura no sangue, histórico familiar de diabetes devem procurar um endocrinologista;

Distúrbios da menstruação: Alterações do ciclo menstrual (falta de menstruação ou menstruação mais de uma vez ao mês) podem significar problemas hormonais e, por isso, devem passar pela investigação de um endocrinologista, visando a estabelecer um tratamento adequado;

Distúrbios da puberdade: Crianças que desenvolvem precocemente pelos pubianos, odor axilar e desenvolvimento das mamas, apresentam distúrbios hormonais e necessitam avaliar a origem do problema. Os adolescentes que não desenvolvem essas características também necessitam de uma avaliação;

Doenças da glândula supra-renal: Aumento de peso, estrias avermelhadas, pelos excessivos, pressão alta ou baixa, puberdade precoce, além do escurecimento da pele, podem significar problemas na glândula supra-renal;

Doenças da hipófise: Tumores da hipófise podem levar à presença de leite nas mamas, fora do período de amamentação, além de mudanças faciais, aumento do número do sapato, dores de cabeça e distúrbios da visão;

Excesso de pelos: Mulheres com excesso de pelos na face (hirsutismo), acne ou aumento da musculatura, podem estar com produção excessiva de hormônios masculinos;

Obesidade: A obesidade representa um risco para a saúde de crianças e adultos. O tratamento orientado por  esse especialista evita uma série de complicações cardiovasculares, ortopédicas, entre outras;

Osteoporose: Dores nos ossos e fraturas frequentes podem significar enfraquecimento ósseo. A osteoporose é uma doença endócrina e que deve ser diagnosticada e tratada o quanto antes;


Tireoide: Nódulos ou aumento de volume do pescoço, nervosismo, insônia e alterações no ritmo intestinal, coração acelerado, perda ou ganho de peso, e excesso de frio ou calor são os principais sintomas de problemas na tireoide.

FONTE: CLIEME e ENDOCRINO

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

20 alimentos para consumo diário, segundo os nutricionistas


O site da revista britânica Times ouviu diversos nutricionistas que apontaram quais são os alimentos que você não pode deixar de fora de sua mesa. A lista é bem diversificada e agrada a todos os paladares. Aproveitem as dicas:

Feijão cozido - Rico em fibra solúvel, o que ajuda a baixar o açúcar do sangue e os níveis de colesterol. Além disso, o alimento fornece 6 gramas de proteína por porção média, aproximadamente a mesma quantidade de um ovo de tamanho médio. A dica é consumi-lo com torradas, com batata cozida ou simplesmente puro.

Chá verde - Rico em polifenóis (antioxidantes), o chá verde tem funções antibacterianas e antitrombóticas. A milenar bebida do Oriente ainda ajuda a regular o sistema imunológico e a combater a cárie dentária.

Peixes oleosos - Sardinha, salmão e anchova são os grandes fornecedores de ômega-3, uma gordura capaz de evitar a formação de coágulos sanguíneos.

Salsa - Mastigar algumas folhas após uma refeição pode ajudar a manter seu hálito fresco. Rica em clorofila, a salsa é uma fonte de vitamina C, um antioxidante fundamental que ajuda a proteger o ataque dos radicais livres.

Maçã - A fruta possui espantosos 150 supernutrientes, entres eles a quercetina, um antioxidante que aparece em pesquisas de laboratório como um aliado no combate ao vírus da herpes. É importante ressaltar que a quercetina fica logo abaixo da casca da maçã, por isso ela não deve ser retirada.

Toranja - Diz-se que comer uma toranja antes de cada refeição ajuda a reduzir a ingestão de calorias. Isso acontece porque ela abaixa a quantidade de açúcar no sangue e faz com que as pessoas se sintam mais satisfeitas. Elas também possuem ácido glucárico, capaz de ajudar na redução do colesterol.

Tomate - O vegetal é conhecido como uma rica fonte de licopeno, um importante protetor contra o câncer de próstata. Estudos revelam que os homens que comem tomate (em purê, suco ou sopa) de dez ou mais vezes por semana têm 35% menos chances de desenvolver câncer de próstata.

Romã - Cientistas israelenses descobriram que pessoas que bebem 100ml de suco de romã por dia têm grandes chances de reverter danos nas artérias. Isso acontece porque a fruta é rica em paraoxonase, uma enzima que “quebra” o colesterol em nosso organismo.

Batata - A batata cozida fornece rápida liberação de energia, tornando-se uma boa opção ao pós-treino físico. As batatas liberam energia de uma forma lenta, o que ajuda a manter os níveis de açúcar no sangue e o apetite sob controle entre as refeições.

Aveia - Rica em fibra solúvel chamada beta glucan, que reduz o colesterol “ruim”. A aveia também nos dá a sílica, um mineral que os pesquisadores acreditam ser vital para ter uma boa pele.

Ovos - Este alimento fornece a lecitina, um componente vital para os transmissores no nosso cérebro que atuam na função da memória. Os cientistas acreditam que comer dois ovos no almoço faz com que você tenha uma sensação de saciedade durante o resto do dia.

Ervilhas - Uma porção de 140g de ervilhas contém até 16mg de vitamina C. O alimento também é rico em vitamina B, essencial para um sistema nervoso saudável. Além disso, a ervilha é rica em fibra solúvel que ajuda a manter o colesterol sob o controle.

Ameixa seca - Os especialistas recomendam misturá-las com leite e iogurte para fazer um poderoso antioxidante. Os açúcares especiais contidos nas ameixas também irão ajudar na prevenção do câncer do intestino.

Chocolate amargo - As variedades escuras (acima de 70% de cacau) são ricas em antioxidantes. Estudos têm demonstrado que o flavanol, presente no cacau, atua como uma aspirina no organismo, o que pode deixar o sangue mais fino.

Blueberries congeladas - Uma maneira fácil e gostosa de prevenir o envelhecimento do cérebro e manter-se disposto durante o dia. A dica é consumir a fruta no café da manhã, misturada ao iogurte.

Azeitonas - As azeitonas são boas fontes de gorduras monossaturadas, compostos fenólicos e vitamina E, que são importantes para a saúde das artérias e para garantir uma vida mais longa.

Amêndoas - Segundo os especialistas, vale a pena trocar o consumo de biscoitos e bolos por um punhado de amêndoas. A pesquisa mostra que isso vai ajudá-lo a sentir-se satisfeito por mais tempo, além de auxiliar na desobstrução das artérias.

Pimenta - A iguaria tem o poder de aumentar o seu metabolismo e, com isso, a queima de calorias pode aumentar cerca de 15% durante duas horas depois de você comer o molho.
Massas integrais - A variedade de pão feito com trigo integral tem um índice glicêmico menor do que o pão normal e libera a energia lentamente. É recomendado para esportistas que precisam de músculos com energia.


Cúrcuma - Muito usada na culinária indiana, a especiaria é uma grande fonte de curcumina, que é apontada como um poderoso anti-inflamatório. Além disso, pode ajudar a combater o câncer do intestino.

FONTE: EPOCA

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Anemia falciforme requer cuidado por toda vida


   Anemia falciforme é uma doença que passa dos pais para os filhos e é caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice, dando origem ao nome falciforme. Quando isso ocorre, as células têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia.
    A doença é mais comum entre os negros. No país, eles representam cerca de 8% dos casos e, devido à intensa miscigenação brasileira, a patologia pode ser observada também em pessoas brancas e pardas.

Sintomas
   Os sintomas desse tipo de anemia podem variar em cada indivíduo: algumas pessoas podem apresentar sintomas leves, enquanto outras desenvolvem um ou mais sinais intensos. De maneira geral, aparecem na segunda metade do primeiro ano de vida da criança. São eles:
- Icterícia (cor amarela nos olhos e pele): é o sinal mais frequente da doença. O quadro não é contagioso e não deve ser confundido com hepatite. Quando o glóbulo vermelho se rompe, surge um pigmento amarelo no sangue (a bilirrubina), fazendo com que o branco dos olhos e a pele fiquem amarelados;
- Crise de dor: é o sintoma mais frequente da doença, causado pela obstrução de pequenos vasos sanguíneos, provocados pela ‘foice’ dos glóbulos vermelhos. A dor é mais frequente nos ossos e nas articulações, mas pode atingir qualquer parte do corpo. As crises têm duração variável e podem ocorrer várias vezes ao ano. Geralmente, elas estão associadas ao tempo frio, infecções, período pré-menstrual, problemas emocionais, gravidez ou desidratação;
- Síndrome mão-pé: em crianças pequenas, as crises de dor podem ocorrer nos pequenos vasos sanguíneos das mãos e dos pés, causando inchaço, dor e vermelhidão no local;
- Infecções: as pessoas com doença falciforme têm maior propensão a infecções e, no caso das crianças, chances de desenvolver pneumonia e meningite. Por isso, elas devem receber vacinas especiais para prevenir complicações. Ao primeiro sinal de febre, deve-se procurar o hospital onde é feito o acompanhamento da doença. Esta medida certamente contribuirá para que a infecção seja controlada com mais facilidade;
- Úlcera na perna: ocorre mais frequentemente próximo aos tornozelos, a partir da adolescência. As feridas podem levar anos para a cicatrização completa, se não forem bem cuidadas no início. Para prevenir o seu aparecimento, os pacientes devem optar pelo uso de meias grossas e sapatos;
- Sequestro do sangue no baço: em crianças acometidas por essa doença, o baço (órgão que filtra o sangue) pode aumentar rapidamente por sequestrar todo o sangue, levando à morte pela falta deste em  outros órgãos, como o cérebro e o coração, rapidamente. É uma complicação da doença que envolve risco de morte e exige tratamento emergencial.

Diagnóstico e Tratamento
   A detecção é feita através do exame eletroforese de hemoglobina. O Teste do Pezinho básico, realizado gratuitamente nos primeiros dias de vida do bebê, permite o diagnóstico precoce desta e demais hemoglobinopatias.
   Quando detectada a anemia falciforme, o bebê deve receber acompanhamento médico adequado, num programa de atenção integral e que deverá ser seguido por toda a vida. Nele, o paciente é assistido por uma equipe de profissionais capacitados para o tratamento  dessa doença, com a tarefa de orientar sua família a reconhecer rapidamente os sinais de gravidade, a tratar adequadamente as crises e a praticar medidas preventivas.
   A equipe é composta por médicos, enfermeiras, assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos, dentistas, entre outros.
   Como qualquer criança, as que são portadoras de anemia falciforme devem ter seu crescimento e desenvolvimento acompanhados.
   Não há tratamento específico e a cura ainda é desconhecida. Os portadores demandam acompanhamento médico constante (quanto antes iniciar, melhor será o prognóstico) para manter a oxigenação adequada nos tecidos e a hidratação, além de prevenir infecções e controlar as crises de dor.

Recomendações
   O reconhecimento de sintomas e algumas dicas podem ser decisivos para a vida dos portadores de anemia falciforme. Saiba o que fazer:
* Exija que o Teste do Pezinho seja feito em seu filho/a logo depois do nascimento. Se for constatado que é portador de anemia falciforme, encaminhe-o logo para um médico especialista;
* Procure imediatamente assistência, se a pessoa apresentar uma crise de dor. Embora ela possa ser tratada com analgésicos, repouso e ingestão de muito líquido em casa, às vezes, somente o médico será capaz de avaliar a necessidade de internação hospitalar;
* Entenda a febre como um sinal de alerta e não faça uso de medicamentos sem a orientação clínica dos responsáveis pelo acompanhamento do caso;
* Caso a pessoa fique pálida de repente, leve-a imediatamente ao hospital mais próximo;

* Lembre-se de que alterações oculares podem ocorrer nesses pacientes. Por isso, eles devem ser avaliados periodicamente por um oftalmologista.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Conheça os sintomas de diabetes em crianças

 Existem muitos casos em que as crianças desenvolvem diabetes e os pais não conseguem identificar. E, quando isso acontece, não sabem como controlar o problema. Por essa razão, selecionamos alguns sintomas que podem ajudar  os pais a observarem alterações no comportamento dos filhos.

Diabetes tipo 1:
Muita sede, aumento de fome, emagrecimento ou perda de peso, aumento da frequência em urinar, fraqueza, cansaço e tonturas, câimbras e formigamentos.

Diabetes tipo 2:
Normalmente não apresenta sintomas, mas os mais comuns são:
- Sede, necessidade de urinar com frequência, perda de peso e visão nublada.
  
O diagnóstico
   Quanto antes se diagnostique o diabetes, mais eficaz será o controle do seu quadro. Por isso, se notar alguma alteração no comportamento do seu filho, procure o pediatra. Se o diabetes não for detectado e tratado a tempo, pode causar uma mudança brusca na taxa de glicose no sangue.
   O diabetes normalmente é descoberto mediante uma análise que mede os níveis de glicose no sangue. A análise se realiza estando em jejum na noite anterior. Para o diabetes tipo 2, faz-se uma prova de tolerância oral à glicose e a maioria dos casos é reconhecida durante exames de rotina. Realizam-se análises de sangue e de urina, antes e depois de beber uma solução com glicose.

   O tratamento
   É definido de acordo com o tipo do Diabetes diagnosticado. Para o de tipo 1, normalmente o método adotado é à base de aplicações de injeções de insulina diárias. O conteúdo depende muito da necessidade que tenha o paciente. Ao mesmo tempo, faz-se o controle do nível de glicose no sangue.
   O fornecimento gratuito de medicamentos e insumos pelos Estados ou Municípios é garantido pela Constituição Federal. Em algumas localidades a distribuição tem sido espontânea. Para saber se em sua região esse processo administrativo é eficaz, além de em que locais retirar e quais as quantidades ou tipos de medicamentos/insumos são fornecidos, é necessário que se dirija a uma unidade do SUS mais próxima de sua residência e consulte no setor farmacêutico. Caso esta informação não esteja disponível ou não haja a devida distribuição, é recomendado o ingresso de uma ação judicial, visando ao cumprimento da Lei. Neste caso, o primeiro passo é buscar orientação com um advogado público (defensoria pública) ou particular.
   Para o Diabetes tipo 2, em regra geral, não é necessária a administração de medicamentos. Pode-se controlar a doença vigiando o índice de glicose no sangue, obedecendo a uma dieta adequada e praticando exercícios físicos todos os dias.

   No tratamento também se implica o estado emocional e social. Para que ele seja efetivo, é necessário um trabalho educativo realizado entre pais, familiares, médicos, professores e todos que tenham um contato mais direto com as crianças. 

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Angina: risco silencioso não deve ser ignorado

  O coração, como todo músculo, tem uma resposta local e sistêmica quando submetido à condição de isquemia, isto é, uma insuficiente oferta de oxigênio e nutrientes. Quando isso ocorre, a pessoa sente dor torácica e desconforto que alertam que algo não vai bem, uma vez que não há naquele momento um equilíbrio entre a demanda e a disposição de oxigênio. Quando essa oferta é cessada de forma súbita ou prolongada, há possibilidade de infarto agudo do miocárdio.
   A angina (angina pectoris) é o sintoma típico de doença arterial coronária ou, em outras palavras, do estreitamento das artérias que conduzem sangue ao coração. Pessoas que apresentam crises de angina devem manter contato regular com o médico, vista que o quadro representa um risco de vida em potencial.
   O principal sintoma dessa disfunção é dor descontínua ou grande desconforto e pressão no peito. Em geral, a dor torna-se mais intensa durante a atividade física e diminui quando é interrompida. Alguns tipos de angina, no entanto, podem causar dor, mesmo quando a pessoa está em repouso ou até mesmo dormindo.  A sensação pode ainda se irradiar pela mandíbula e pelos ombros ou braços, sendo o mais comum o lado esquerdo do corpo.
   Outros fatores que podem agravar a angina são: estresse emocional, estômago cheio e exposição a baixas temperaturas. Em alguns casos, pode se manifestar por cansaço fácil, arritmias e desmaios, além de falta de ar. Qualquer um destes sintomas é suficiente para que seja buscado atendimento médico o mais breve possível.

Tratamento
   Em geral, a angina é tratada com medicação específica. Há casos em que são necessários procedimentos cirúrgicos como a implantação de pontes em artérias coronárias (as chamadas “pontes de safena ou mamária”) ou por cateter (angioplastias e stents), mais frequentemente.

Recomendações
   Certos cuidados são fundamentais para a prevenção e controle da angina. Por isso, fique atento:
* Fumar desencadeia crises de angina. Se você fuma, faça o possível para deixar o cigarro. O fumo sobrecarrega o coração, obrigando-o a trabalhar com mais vigor;
* Caso esteja acima do peso indicado, procure reduzi-lo. Não recorra a dietas milagrosas ou drásticas demais e de efeitos duvidosos. Perca peso gradativamente, optando por uma alimentação de baixo conteúdo calórico, pouco colesterol e muita fibra;
* Exercite-se regularmente. Discuta com seu médico a prática de exercícios condizentes com seu preparo físico, como caminhadas ou natação;
* Administre sua carga de estresse. Incorpore à sua rotina atividades que ajudem a reduzir os níveis de estresse e que promovam o bem-estar, como ioga, meditação, estar entre amigos, trabalho voluntário, entre outros;
* Controle a pressão arterial. Adote uma dieta de pouco sal e aumente a ingestão de potássio e cálcio: bananas e batatas são ricas em potássio e laticínios de baixo teor de gordura, como iogurte e leite desnatado, são ricos em cálcio;
* Modere a ingestão de álcool. Nunca tome mais do que duas doses por dia. Uma dose de bebida destilada equivale a um copo de vinho ou a uma latinha de cerveja;
* Faça refeições menores e com maior regularidade. Condicione sua alimentação diária a quatro ou cinco refeições leves em vez de três substanciais;
* Descanse por trinta ou quarenta minutos após as refeições;
* Evite temperaturas extremamente baixas ou muito elevadas;
* Não espere muito para tomar a medicação contra angina. Tome-a de maneira profilática antes de iniciar tarefas extenuantes. Numa crise, quanto mais cedo tomar o remédio, mais eficiente será seu efeito.



quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Vômito excessivo na gravidez: O que é Hiperêmese Gravídica?

   Um diagnóstico de nome esquisito e complicado tem assustado as futuras mamães nos últimos tempos. Mas o que se esconde por trás desse nome difícil? “Define-se a hiperêmese pela presença de vômitos persistentes, associados à perda de peso acima de 5% da massa corporal anterior à gravidez, além do acúmulo de corpos cetônicos na urina (cetonúria), resultado da metabolização de gorduras para a obtenção de energia. Geralmente, ocorre no primeiro trimestre de gravidez”.
   A condição não é comum – acontece somente em 0,3% dos casos. Em outras palavras, apenas três grávidas em mil passam pelo incômodo, que inclui sintomas bastante desconfortáveis para a mulher. “Basicamente, são vômitos incoercíveis, com perda de peso acelerada e desidratação, chegando a quadros extremos de disfunção hepática ou renal”, comenta a obstetra Vanessa Anacleto, ginecologista e obstetra do Centro Médico Frei Caneca, em São Paulo.
   A diferença entre a hiperêmese e os quadros normais de enjoo na gravidez é a intensidade. No primeiro caso, a paciente acaba percebendo que a náusea ultrapassa os níveis normais e procura um médico. A situação é tão desagradável que muitas mulheres pensam duas vezes antes de engravidarem novamente. “Elas relutam em aceitar a ideia de gerar um segundo filho por temerem a repetição das mesmas condições”.
   A origem do problema, aliás, é desconhecida, mas existe uma tese mais aceita pelos médicos: “Acredita-se que essa náusea severa é provocada por um aumento nos níveis hormonais. No entanto, a causa absoluta é ainda incerta. Estudos mais recentes têm colocado em evidência fatores genéticos. Filhas de mães que sofreram de hiperêmese gravídica desenvolvem a condição três vezes mais que as outras mulheres”. Outro dado importante é o de que a doença pode surgir com mais frequência durante a gestação de gêmeos.
   Apesar de não haver um método de prevenção, existem diversas linhas de tratamento, que vão desde a orientação quanto a uma dieta mais adequada até a acupuntura, passando por psicoterapia, acupressão e massoterapia. Também é indicada a hidratação intravenosa ou a associação de remédios antieméticos, anti-histamínicos e antirrefluxo. “Em último caso, indicamos a introdução de nutrição parenteral”. Ou seja, alimentação por outra via que não oral, geralmente pela veia.

   Não há a necessidade de repouso integral, mas a gestação pode ser considerada de risco, já que há a possibilidade de desidratação grave. “Se o problema for tratado a tempo, dificilmente haverá riscos para o feto e a mãe. Em geral, como a hiperêmese tende a melhorar na segunda metade da gestação, a tendência é de não haver consequências após a gravidez”, conclui a especialista.
Dra. Vanessa M. Anacleto
CRM SP 130714
Membro titular da Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Entenda a hemofilia e os cuidados que seu portador deve manter no dia-a-dia

 A hemofilia é um distúrbio genético (em 30% dos casos) e hereditário (70%) que afeta a coagulação do sangue. O sangue é composto por várias substâncias, onde cada uma delas tem uma função. Algumas dessas substâncias são as proteínas denominadas fatores da coagulação, que ajudam a estancar as hemorragias, quando ocorre o rompimento de vasos sanguíneos.         
   Existem 13 tipos diferentes de fatores de coagulação e os seus nomes são expressos em algarismos romanos. Assim, existe desde o Fator I até o Fator XIII. Esses fatores são ativados apenas quando ocorre o rompimento do vaso sanguíneo, onde a ativação do primeiro leva à ativação do seguinte até que ocorra a formação do coágulo pela ação dos 13 fatores.
   A pessoa com hemofilia apresenta baixa atividade do fator VIII ou fator IX, em razão de mutações no DNA. Quem possui atividade do Fator VIII ou IX entre 5 e 40% tem o tipo de hemofilia caracterizada como leve; quando a atividade é variante entre 2 e 5% , considera-se hemofilia moderada e, quando a atividade do Fator é menor que 1%, tem-se um tipo grave.
   A coagulapatia é transmitida de mãe para filho ou filha, e também de pai para filha, pois o gene da hemofilia fica no cromossomo sexual X. A portabilidade da mãe pode ser diagnosticada por meio de exames genéticos que, desde janeiro de 2014, passaram a ser cobertos por planos de saúde, segundo norma da Agência Nacional de Saúde, a ANS.
   Os sintomas mais comuns da hemofilia são os sangramentos prolongados. Esses sangramentos podem ser externos, como quando ocorrem cortes na pele, ou internos, quando o sangramento ocorre dentro das articulações, dentro dos músculos ou em outras partes internas do corpo.
   As pessoas com hemofilia grave podem ter sangramentos espontâneos nas articulações ou nos músculos. As articulações mais acometidas são joelhos, cotovelos e tornozelos. Como a coagulação nessas pessoas é muito lenta, ocorre grande derramamento de sangue nessas regiões, provocando inchaço e dor.
   Outros locais que podem apresentar sangramento espontâneo são: pele e mucosas (revestimento que cobre os orifícios naturais, como a boca). Manchas roxas na pele são chamadas equimoses. Se ocorrerem no tecido subcutâneo (camada de gordura abaixo da pele) e nos músculos, gerando acúmulo de sangue, são chamados hematomas.
   Alguns hematomas são de alto risco, pois podem levar a problemas graves, como na língua, pescoço, antebraço, panturrilha e no músculo iliopsoas. Os sintomas dos sangramentos nos músculos e juntas (ou articulações) são: dor, inchaço limitação do movimento no local atingido (braço ou perna, por exemplo) e leve elevação da temperatura do local. Os sangramentos após extração dentária também são importantes e devem ser prevenidos e acompanhados por profissionais experientes em hemofilia.
   É importante lembrar que, quando um(a) hemofílico(a) se machuca, a pessoa não sangra mais rápido do que alguém sem esta patologia: ela apenas permanece sangrando por um período de tempo maior e pode ter novos sangramentos vários dias após um ferimento ou uma cirurgia. De maneira geral, os cortes ou equimoses (manchas roxas) superficiais não causam problemas mais sérios.
   A hemofilia não é uma doença contagiosa (não sendo transmissível pelo ar ou por contato com o sangue de um hemofílico, embora este não possa ser doador de sangue) e não tem cura.
   Hoje, uma pessoa com hemofilia pode ter uma vida normal, com uma rotina de trabalho diário, bem como praticar atividades físicas ou esportes. Para tanto, é indispensável o tratamento preventivo, chamada de profilaxia, disponível gratuitamente em todos os Centros de Tratamento de Hemofilia do Brasil. A profilaxia proporciona aumento de 80% da qualidade de vida.
   Caso a pessoa portadora de hemofilia esteja sem o Fator de coagulação no organismo e sofra alguma queda, batida ou corte, ela deve ser encaminhada imediatamente ao hemocentro mais próximo. Sem o atendimento adequado e, dependendo da região atingida e da gravidade do sangramento, a pessoa pode correr risco de morte.




sexta-feira, 10 de julho de 2015

Células tronco: Porque o cordão umbilical é importante após o nascimento

Durante a gestação, o cordão umbilical é responsável pela nutrição e oxigenação do bebê, unindo o feto à placenta da mãe. O que muita gente não sabe é que, embora a veia umbilical não tenha mais importância para o desenvolvimento da criança após o seu nascimento, o sangue que permanece nela e na placenta pode garantir a vida de muitas outras pessoas.
   Assim como a medula óssea, o sangue do cordão umbilical é rico em células-mãe, sendo capazes de criar os componentes principais do sangue humano e do sistema imunológico do corpo. A partir delas, formam-se glóbulos vermelhos (que levam o oxigênio aos tecidos), glóbulos brancos (que combatem infecções) e plaquetas (necessárias para a coagulação).

   Além do tratamento das Leucemias e Mielodisplasias, o material coletado pode ser utilizado para o tratamento de 79 tipos de doenças, como Talessemia e Linfomas. Outras doenças como Diabetes tipo 1, doenças neurológicas e, até mesmo, a Aids, são objetos de estudos.
   O momento do nascimento é a única oportunidade para a coleta das células-tronco do cordão umbilical e, por isso, o procedimento deve ser incluído nos preparativos que antecedem a chegada do bebê.   A coleta é indolor e dura em torno de cinco minutos, devendo ser realizada com rigorosa técnica asséptica. A doação não oferece nenhum risco para a mãe ou para o bebê. “A retirada do sangue do cordão umbilical deve ser realizada imediatamente após o parto. Depois, as células-tronco são separadas em um laboratório e podem ser armazenadas, por muitos anos, em tanques refrigerados com nitrogênio, a uma temperatura próxima de -190°C”, diz o hematologista Dr Nelson Tatsui. O tempo de transporte entre o recolhimento do material e o seu processamento deve ser no máximo de 48 horas.
   Atualmente o armazenamento pode ser feito em bancos de sangue privados e públicos. Nos privados, o sangue do cordão do bebê é garantido para seu próprio uso ou para utilização de um membro da família em caso de necessidade.  Já nos bancos de sangue públicos, a família doará o sangue do cordão umbilical, o qual será armazenado e estará disponível para quem seja compatível e precise de um transplante, habitualmente portador de uma doença hematológica grave. Há relatos de unidades congeladas há aproximadamente 23 anos, que demonstram viabilidade celular adequada.
   O BrasilCord representa a rede pública e possui aproximadamente 13 unidades espalhadas pelo Brasil. A gestante deverá buscar uma das unidades e seguir todos requisitos técnicos e legais. Nesse caso, a família não poderá reivindicar, a qualquer tempo, o sangue de cordão doado.
   No setor privado, recomenda-se que a mãe busque uma unidade geograficamente próxima ao centro médico de opção em caso de necessidade de transplante. Também deverá seguir critérios técnicos e legais específicos do sistema privado.
A transfusão de células-tronco para os pacientes
   No início do tratamento, ocorre a destruição da medula-óssea doente através da quimioterapia ou radioterapia. Após o preparo do paciente para o transplante, o sangue do cordão umbilical (composto por novas células-tronco) é descongelado e infundido na veia, como se fosse uma transfusão de sangue, recuperando o sistema sanguíneo e imunológico do paciente, que permanecerá internado por três a quatro semanas. Após a recuperação do sangue, o cuidado é permanente e, muitas vezes, é necessário o comparecimento diário ao hospital.
   A célula-tronco do doador atende a um paciente totalmente compatível. Os principais exemplos de indicação desse tipo de transplante são: leucemia aguda, leucemia crônica, linfoma, imunodeficiência congênita, hemoglobinopatia, mielodisplasia, e outras doenças.


sexta-feira, 3 de julho de 2015

Quatro em cada cinco infartos em homens podem ser evitados.

Segundo estudo, alimentar-se bem, praticar exercícios, não fumar e beber moderadamente ajudam a prevenir quase 90% dos ataques cardíacos.

Um estilo de vida saudável, como alimentação adequada, controle do peso e prática de exercícios físicos, são fatores reconhecidos por ajudar a proteger o coração. Agora, um novo estudo dá uma dimensão sobre o impacto desses hábitos sobre a saúde: de acordo com a pesquisa, eles podem prevenir cerca de quatro em cada cinco ataques cardíacos em homens.

O trabalho, feito na Suécia, analisou dados recolhidos durante onze anos de 20 mil homens saudáveis entre 45 e 79 anos de idade. Os pesquisadores consideraram que um estilo de vida de baixo risco para a saúde cardíaca inclui cinco fatores: adotar uma alimentação saudável, consumir de álcool moderadamente, não fumar, ser fisicamente ativo e não ter excesso de gordura abdominal. O estudo concluiu que apresentar esses cinco fatores de proteção à saúde cardíaca, em comparação não apresentar nenhum deles, pode evitar 86% dos infartos entre homens dessa faixa etária ao longo de onze anos.

A pesquisa ainda descobriu que, individualmente, os hábitos também ajudam a reduzir o risco de ataque cardíaco. Deixar de fumar, por exemplo, diminui essas chances em 36%, enquanto diminuir a taxa de gordura abdominal evita 12% dos infartos. Além disso, consumir frutas, legumes e gordura pode reduzir em até 18% a probabilidade de um ataque cardíaco.


O estudo foi publicado no periódico Journalofthe American College of Cardiology. “O surpreendente não é o fato de um estilo de vida saudável prevenir ataques cardíacos, mas sim a forma drástica com que o risco do problema diminui devido a esses fatores”, diz Agneta Akesson, professora do Instituto de Medicina Ambiental do Instituto Karolinska, na Suécia.

Fonte: Veja Abril 

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Açúcar é mais prejudicial para a pressão que o sal, aponta estudo

Cientistas compararam efeitos dos alimentos na pressão arterial


Sal pode ser menos prejudicial à saúde de pacientes com pressão arterial elevada do que se pensava. De acordo com médicos do MidAmerica Heart Institute, um novo estudo descobriu que açúcares processados podem contribuir mais para a pressão alta e doenças cárdicas do que o sal.

O pesquisador do instituto James DiNicolantonio, afirma que evitar açúcares processados, tais como xaropes de milho, pode causar uma significativa redução na pressão arterial. O ideal é consumir alimentos naturais e evitar qualquer alimento processado. Se preocupe, principalmente, com alimentos com açúcares adicionados, como a sacarose e o xarope de milho.

Os pesquisadores observaram muitos estudos anteriores sobre a redução do sal na alimentação e viram que não tem tanto impacto na pressão arterial como se imaginava. Em seu estudo, DiNicolatonio descobriu que o açúcar causou mais impacto na pressão arterial do que o sal.

O cientista descobriu também que as pessoas que restringiram a sua ingestão de sal, tiveram a pressão arterial sistólica (número superior) diminuída em apenas 4,8 pontos, e sua pressão diastólica (número inferior) diminuída em 2,5 pontos. Em pacientes que ingeriram uma dieta rica em açúcar ― pelo menos 33% das calorias totais ingeridas pelo alimento ― a pressão arterial aumentou, em média, 7,6 pontos na sistólica e 6,1 pontos na diastólica.

Os pacientes podem evitar esses açúcares que são potencialmente prejudiciais ao ter uma dieta rica em frutas e vegetais frescos. 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Sintomas simples como suor e azia podem indicar infarto

Quando o coração para de receber oxigênio e nutrientes por conta da ausência de irrigação sanguínea, começa a ocorrer a morte de células do tecido cardíaco: significa que ele está sofrendo um infarto. Durante esse processo, dependendo do tamanho, da localização e do tempo que a artéria está alterada, o indivíduo pode sentir diversos sintomas que muitas vezes são pequenos, se comparados à conhecida dor no peito que automaticamente associamos ao problema.

Muita gente já deve ter sentido pelo menos uma vez na vida falta de ar, palidez, azia ou ânsia de vômito. Pois esses sintomas podem estar por trás de um infarto. Há duas explicações para a ocorrência desses sintomas chamados “atípicos”. Quando o músculo cardíaco sofre isquemia (falta de suprimento sanguíneo), o próprio corpo humano tem um mecanismo de compensação pelos danos que está sofrendo. Quando o cérebro percebe que o coração está funcionando de forma anormal, lança mão de mecanismos, como a liberação de hormônios, para tentar ‘resolver’ o que está acontecendo.

Um exemplo dessa tentativa de compensar explica o rubor no rosto da pessoa que está infartando. Como alguma artéria está fechada, o cérebro manda substâncias vasodilatadoras para o organismo, o que pode atingir os vasos faciais. Assim, mais sangue chega ao rosto e a pessoa fica “vermelha”.

A falta de ar também é um bom exemplo: como o coração com artérias obstruídas não consegue bombear sangue para o corpo, o líquido acaba “voltando” e atingindo os pulmões.


É importante ficar alerta para o fato de que cada área irrigada do músculo cardíaco tem ligação com uma função do corpo humano. Dependendo da artéria obstruída, pode acontecer uma falência ou uma perda de função de órgãos relacionados. Quando há um entupimento da artéria coronária direita, por exemplo, ligada à área que é fonte de estímulos eletrônicos do coração, a pessoa sente náuseas, vômitos, tontura, desmaio, síncopes – uma espécie de ‘apagão’. Já do lado esquerdo, que é responsável pela irrigação do músculo cardíaco, os sintomas são cansaço, falta de ar, edema pulmonar.

Quando procurar ajuda em casos de sintomas leves?

É por isso que é tão importante estar atento a qualquer sinal que o corpo manda. Diabéticos, em especial, podem sofrer perda da sensibilidade à dor. Idosos e mulheres, que em geral subestimam as dores, também. Qualquer pessoa que tenha antecedente familiar com doenças cardíacas também entra no grupo de risco dos que não devem menosprezar mesmo os sintomas mais leves e aparentemente insignificantes.

Mas mesmo que você não se enquadre em nenhum dos casos anteriores, fique alerta: qualquer mal estar, como vômitos e náuseas que durem mais de 30 minutos, devem ser avaliados por um médico. 60% dos casos de morte acontecem uma hora após o inicio do infarto. É fundamental o atendimento rápido.


Fonte: Coração alerta 

segunda-feira, 1 de junho de 2015

QUANDO PROCURAR UM MÉDICO FISIATRA?

O médico Fisiatra é especialista em Medicina Física e Reabilitação. Ele trata de doenças que geram incapacidades, perda funcional e da qualidade de vida.

Atua também na prevenção de lesões e/ou deformidades advindas da instalação da doença e das limitações físicas decorrentes dela.

As doenças mais frequentes no consultório de um Fisiatra são as afecções musculoesqueléticas, dentre elas estão as dores na coluna, dor crônica, tendinites, bursites, LER/DORT, artroses, fibromialgia, síndromes miofasciais, dor neuropática e hérnia de disco.

Mas o médico Fisiatra também atua, em conjunto com uma equipe multidisciplinar, na reabilitação de condições mais complexas, como as lesões medulares (paraplegia e tetraplegia), as sequelas de AVC e do traumatismo crânio-encefálico (hemiplegias), as doenças degenerativas (Parkinson, Esclerose Múltipla), as paralisias cerebrais, as miopatias, as amputações e as fraturas e entorses.

O Fisiatra faz o diagnóstico e define o programa de reabilitação, com o objetivo de restaurar as funções prejudicadas por estas patologias, ou ao menos minimizar o impacto dessas incapacidades na qualidade de vida do paciente.

Dentre as propostas terapêuticas, estão as prescrições de medicamentos, infiltrações extra e intra-articulares, agulhamento seco e infiltrações com anestésico de pontos gatilho, acupuntura, bloqueios para alivio de dor, aplicação de toxina botulínica para espasticidade, prescrição de tecnologia assistiva (órteses, calçados, próteses, cadeira de rodas, bengalas), meios físicos e prescrição de terapias atuando em conjunto com uma equipe multidisciplinar.


O médico Fisiatra é o clínico da pessoa com dor crônica, com deficiência física e com restrições de locomoção. Ele é capaz de avaliar a doença e o impacto que esta gera na qualidade de vida.


Por: Dra. Julia Assis
Médica Fisiatra | CRM 139.992
Hospital das Clínicas – FMUSP